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PATRÍCIA VERÍSSIMO

Segunda Vice-presiddente da Região Costa Verde na Federação dos Servidores Públicos Municipais no Estado do Rio de Janeiro - FESEP RJ, e Diretora do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de  Angra dos Reis - SISPMAR

A Educação Infantil no Brasil e em Cuba; suas similaridades e considerações educacionais gerais

              A educação infantil no Brasil, sendo a primeira etapa da Educação básica, traz como norteador o desenvolvimento global da criança na primeira infância, onde o cuidar e o educar são indissociáveis e a aprendizagem se dá através de atividades lúdicas, com currículo diversificado. Proporciona a ampliação das capacidades linguísticas, do senso comum e também as interações sociais do educando.

             Temos a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) como base norteadora curricular. A faixa etária é dividida em duas partes: sendo de 4 meses aos 3 anos, a creche e dos 4 aos 5 anos de idade, a pré-escola.

              O direito à Educação no Brasil é assegurado pela Constituição, toda e qualquer criança pode frequentar a educação infantil. No entanto, é meta do próximo PNE (Plano Nacional de Educação 2024/2034) universalizar este atendimento na etapa creche, pois, atualmente apenas 42,6% das crianças brasileiras têm acesso. Este versa entre integral e parcial em meio período, sendo o atendimento em redes públicas e privadas.

             Comparando a educação infantil entre Brasil e Cuba:

              A visita empírica a Cuba é algo que todo trabalhador deveria fazer pelo menos uma vez na vida. Um povo que nos ensina a como ser referência em educação e saúde é algo que impressiona, a consciência de classe é intrínseca, apesar das privações que vivenciam rotineiramente, devido aos mais de 180 diferentes tipos de embargos econômicos.

            País estruturalmente socialista, todo e qualquer trabalhador inicia sua vida laboral a partir dos 18 anos, após cursarem o Ensino Médio.

            A trabalhadora gestante, tem direito assegurado por lei a Licença Maternidade até o bebê completar 12 meses de idade. A partir do momento em que essa criança começa a andar, já pode iniciar a vida educacional na primeira infância. O ensino infantil em Cuba destaca-se pelo aspecto assistencialista, para que se cuide dessa criança enquanto a mãe trabalha, em regime integral em instituição pública, visando período de locomoção, onde a (o) mãe/pai pode deixar o(a) filho(a) uma hora antes de iniciar suas atividades, e pode buscar o(a) filho(a) até uma hora depois do final da jornada diária de trabalho.

            Assim como no Brasil após LDB/1996, Cuba também parte do pressuposto que o cuidar e o educar são indissociáveis. Em regime integral e em instituições públicas, o ensino na primeira infância prioriza o desenvolvimento universal da criança, atende de 1 a 5 anos de idade e considera os cuidados necessários que a faixa etária exige, focando no educar, através de atividades que priorizem e acrescentem os aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais.

            Fato determinante e diferencial em Cuba, é que apesar da escassez de recursos devido à situação econômica, o país investe 12,9% do PIB em educação, acrescido de investimento social em torno de 30%. Nota-se a presença de alunos de diversos países, por todo o sistema educacional universitário cubano.

             O quantitativo de alunos por sala é de 18 discentes e em regime integral, o que possibilita o rendimento e eleva o nível de aprendizagem. Com uma perspectiva libertadora e autônoma, o modelo educacional, com contribuições Freireanas, traz práticas participativas e enfatiza a construção do sujeito e sua cidadania.

            Por sua estrutura socialista, toda Cuba é uma grande escola, sendo o Estado, o responsável integral pela educação. A valorização social da carreira dos profissionais do magistério faz com que salários entre professores, médicos e físicos sejam equivalentes e tenham o mesmo grau de formação e exigência.

            A explicação para Cuba ser referência em educação, se dá por uma política conveniente em que se prioriza a dignidade do ser humano e não por milagre, como adversários políticos nos induzem a pensar.

            Se não fossem tantos e diversos tipos de embargos econômicos, por uma guerra ideológica e política injustificável, levando o país ao racionamento de água, comida, combustível e energia, por exemplo, Cuba seria, sem sombra de dúvidas, uma grande potência!

            “Hasta la Victoria siempre!” Che Guevara

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